sexta-feira, 1 de junho de 2012

Quem dera a quem te adora
Linda flor silenciosa, na dor desatina,
Ancorar existência entre ilusões perdidas,
Coração descoberto, como gemido de rosa,
Silenciando no olhar manso,
Suculentos lábios, selados para a prece
De tão brandos, quem a contemplasse,
Permanecia orando...
De cor branca, pele veludada, querer adorá-la
Não só como luminosa cauda de uma estrela,
Mas como mulher, sem cansar de vê-la...
Viso pálido, de palidez sublime, em sua dualidade,
Seu desejo voraz, poreja gotas de luxúria,
Espalhando doce lavanda,
No idílio nosso, onde a impureza é tanta,
Tão sentimental, que enleva e espanta.
Dizia um antigo poeta:
"És Anjo, plantas flores no meu horto...
Dá-me o teu lábio, um cálice de lírio!"

William José Carlos Marmonti

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