A ACEITAÇÃO ...
As adversidades chegam quando menos esperamos. Elas não se anunciam,
como as grandes tempestades ou os vulcões, elas aparecem, simplesmente.
Nos pegam de assalto, nos deixam estáticos, sem reação.
E nós
que pensávamos que certas coisas só aconteciam com os outros, sem nunca
refletir que somos os outros de outros! Estamos sim, debaixo do mesmo
céu, sujeitos às mesmas ventanias, aos mesmos vendavais, somos tão
vulneráveis quanto quaisquer outros seres humanos.
Mas
aprendemos que vida é luta e por isso lutamos. Utilizamos todas as armas
colocadas à nossa disposição e com a permissão de Deus.
Deus!!! Ah, sim... nos lembramos dEle com mais freqüência. Todas as
pessoas não possuem essa habilidade de cada manhã e cada noite chegar
aos pés dEle para agradecer pela saúde, pela felicidade, por que tudo
vai bem. Mas quando o mundo cai na nossa cabeça é como se descobríssemos
essa verdade irrefutável: Deus existe!
E com o coração
dolorido e cansados, continuamos lutando, fazemos nossa parte, tentamos
segurar a vida até que nos sentimos impotentes e nos dizemos que nada
mais há a fazer.
Seria preciso termos a paciência de Jó para esperarmos com a certeza que dias melhores virão.
Portanto, há ainda, com o sopro de vida, uma última esperança: a
oração! Quando achamos que perdemos tudo, podemos ainda dobrar os
joelhos para chegarmos à presença de Deus.
É difícil aceitar o
sofrimento e a dor, mas a aceitação é o primeiro passo para melhor
vivê-los, suportá-los e, quem sabe, vencê-los. Não somos assim tão
diferentes dos outros, não possuímos casas construídas sobre rochas e
somos vulneráveis, precisamos reconhecer isso antes de tudo. Somos
humanos. Humanos e dependentes dAquele que nos criou.
Muitas
vezes é necessário cairmos para que reconheçamos o quanto precisamos de
uma mão; é preciso uma doença para aprendermos o valor da vida, para que
saibamos o que significa união, como um balde de água fria na nossa
cabeça que nos acorda e nos deixa mais atentos. Olhamos mais à nossa
volta, percebemos que nossos sentimentos são mais sólidos e visíveis do
que pensávamos, despertamos, talvez, para pessoas que estavam
perfeitamente invisíveis aos nossos olhos.
A dor une muito mais que a felicidade, porque as pessoas procuram apoiar e se apoiar. E ela nos abre os olhos para Deus.
Não... tudo não está perdido! Mas nem sempre a solução é a que
esperamos ou desejamos. É preciso que, com joelhos no chão e coração
aberto possamos estar prontos para receber, não o que merecemos, mas o
que precisamos, que seja a cura, a vida ou a consolação.
Jesus aceitou a cruz porque sabia que seria vitorioso. E que, hoje,
possamos aprender com Ele a aceitar nossos fardos, não como castigos,
mas como lições de vida, dessas que vamos descobrindo devagarinho, que
doem, mas que nos levam adiante, sempre vitoriosos, porque sabemos que
não carregamos sozinhos.
Letícia Thompson - www.leticiathompson.net
Namasté...
Nenhum comentário:
Postar um comentário