quarta-feira, 20 de abril de 2011

Desilusoes


A minha alma está perdida
De tanto querer sonhar

A vida passa a correr

E eu não a consigo apanhar

Sei que sou ninguém

Ninguém eu sei que sou

Se sou ninguém serei alguém

Se ninguém sou o que serei?

Talvez eu seja nada

A vaguear por esta vida

Uma simples alma penada

A flutuar sem saída

O que faço aqui afinal

Não sei nem irei saber

Não sei o bem nem o mal

Não sei viver nem morrer

Passo o dia sozinha

Embrulhada em ilusões

Tantas vidas, tantas mágoas

Tantos amores e desilusões

E hoje quando me olho ao espelho
Não vejo ninguém
Somente a sombra tênue
Daquela que já foi mais além
Hoje sou um resto de nada
Uma alma abandonada
De tudo o que possa existir
Alguém que já não sabe sorrir

Hoje eu trago rancor

Num coração
Que um dia transbordou de amor
Hoje as lágrimas inundam o meu rosto
A dor preenche a minha alma
E a vida é apenas um desgosto
Hoje a luz do sol não é sinônimo de alegria
E o canto do rouxinol
Comigo não está em sintonia
E hoje num dia de calor
De prazer e emoção
Eu apenas sinto a dor
Que carrego no coração


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