"Buscamos no outro, não a sabedoria do conselho, mas o silêncio da escuta; não a solidez do músculo, mas o colo que acolhe" _______Rubem Alves
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Da da did did... did da da da
Da da did did... did da da da
Da da did did... did da da da
Estou sempre o mais feliz que posso estar
Pois sou alérgico à tragédia
O médico diz que tem algo errado comigo
O sorriso no meu rosto não tem remédio
(Refrão)
Então, baby, não diga não
Vamos lá... e apenas diga sim
Você sabe que é hora de deixar a coisa simples
Vamos nos arriscar e esperar pelo melhor
A vida é curta, então faça dela o que você quiser
Faça o melhor, não espere até amanhã
Acho que estou tranquilo pois seu nome está na tattoo de coração
A melhor coisa em mim é você
Meus dias de choro agora são passado
Mudei de filosofia
Vivo cada dia conforme eles vão aparecendo
E não vou me levar muito a sério... então
(Refrão)
Então, baby, não diga não
Vamos lá... diga sim
Você sabe que é hora de deixar a coisa simples
Vamos nos arriscar e esperar pelo melhor
A vida é curta, então faça dela o que você quiser
Faça o melhor, não espere até amanhã
Acho que estou tranquilo pois seu nome está na tattoo de coração
A melhor coisa em mim é você
É você...
Agora a melhor coisa
A melhor coisa...
É verdade... uhh
Tire seus sapatos, relaxe, tire esse fardo
Me passe as suas tristezas, deixe-me te amar até você esquecê-las
Não há nada a perder, então não aja tão como adulto
Apenas saia e fique admirando o luar comigo
(Apenas diga sim)
Vamos lá... apenas diga sim
Você sabe que é hora de deixar a coisa simples
Vamos nos arriscar e esperar pelo melhor
A vida é curta, então faça dela o que você quiser
Faça o melhor, não espere até amanhã!
Acho que estou tranquilo pois seu nome está na tattoo de coração
A melhor coisa em mim é você.. uuhhhh
E você uuuhh
Agora a melhor coisa em mim é você
E a melhor coisa em mim é você
Melhor coisa em mim é você
A melhor coisa em mim é você
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Se Vivesse Sem Ti - Monstros e Companhia
Música "Se Não Fosse Você" (If I Didn't Have You) do filme Monstros S.A, da Disney e da Pixar, em português do Brasil. Essa música foi composta por Randy Newman e ganhou o Oscar de Melhor Canção Original
Sully: Se eu fosse bem rico,
Ganhasse um milhão...
Mike: Morava bem chique,
Num solar ou mansão.
Sully: Se eu fosse bonito, (Mike: Qual é?!) é possível...
Sonhar é viver,
Eu nada seria se não fosse você.
Nada seria se não fosse você,
Nada seria se não fosse você,
Nada seria...
Mike: Posso te dizer uma coisa? Há anos invejo (Sully: Maior olho grande) seu jeito de ser, todos te amam, não é?
Sully: Sim eu sei, eu sei, eu sei.
Mike: Mas eu reconheço, você merece vencer.
Eu nada seria se não fosse você!
Mike e Sully: Um e o outro juntos! Pois tem que ser mesmo assim! Sempre em conjunto, vamos até o fim! Até o fim! E todos já sabem
Sully: Mas eu digo assim mesmo
Mike: Pois todos...
Mike e Sully: podem ver! Eu nada seria se não fosse, eu nada seria se não fosse, eu nada seria se não fosse você! Nada seria se não fosse você!
Mike: Outra vez! Funcionou!
Sully: E todos já sabem...
Mike: De onde é que saiu todo mundo?
Sully: Pois é fácil dizer!
Mike: Agora é para terminar amigão!
Mike e Sully: Eu nada seria se não fosse, eu nada seria se não fosse, eu nada seria se não fosse VO-CÊ!
Mike: Não sou! Não sou nada...
Sully: Sem você! É.
Amanhã, apaixone-se
Amanhã, apaixone-se
Porque o dia seguinte é o dia mais importante da sua vida.
É no dia seguinte que sabemos se o dia de ontem valeu a pena.
É no dia seguinte que acordamos para a realidade ou dormimos no sonho.
A vida da gente começa no dia seguinte e só existe uma maneira de viver: APAIXONADO.
Por isto dance, dance como se ninguém estivesse vendo você,
Trabalhe como se não precisasse de dinheiro,
Corra como se não houvesse a chegada,
Ame como se nunca tivesse sido magoado antes,
Acredite como se não houvesse frustração,
Grite como se ninguém estivesse ouvindo,
Beije como se fosse eterno,
Sorria como se não existissem lágrimas,
Abrace como se fossem todos amigos,
Durma como se não houvesse amanhã,
Crie como se não existisse crítica,
Vá como se não precisasse voltar,
Acorde como se você nunca mais fosse dormir de novo,
Faça a próxima viagem como se fosse a última,
Vista-se como se não conhecesse espelhos,
Proponha como se não existissem as recusas,
Brinque como se não tivesse crescido,
Levante como se não tivesse caído,
Case como se não houvesse outra,
Mergulhe como se não houvesse medo,
Ouça como se não existisse o certo ou errado,
Fale como se não existisse o certo ou errado,
Aprecie como se fosse eterno,
Viva como se não houvesse fim.
Prefira ser invés de ter,
Sentir invés de fingir,
Andar invés de parar,
Ver invés de esconder,
Abrir invés de fechar.
Apaixonar-se é um exercício de jardinagem: arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, espere, regue e cuide. Terá um jardim. Mas esteja preparado porque haverá pragas, secas ou excesso de chuvas. Se desistir, não terá um jardim. Terá um descampado.
A paixão não se vê, não se guarda, não se prende, não se controla, não se compra, não se vende, não se fabrica.
A paixão é a diferença entre o sucesso e o fracasso.
Entre a dúvida e a certeza.
Entre aqueles que gostam do que fazem e aqueles que fazem o que gostam.
Apaixonados não esperam, agem.
A paixão é o que faz coisas iguais serem diferentes.
Lembre-se que a arca de noé foi construída por apaixonados que nada conheciam de navegação e de embarcação e o Titanic foi feito por engenheiros profissionais, fabulosos, que queriam mostrar seu poder.
Amanhã, quando acordar, pense se hoje valeu a pena e APAIXONE-SE. Porque em 24 horas você vai entrar no dia mais importante da sua vida: o dia seguinte.
Horizonte (Roseanna Murray)
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
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"Podia ser só amizade, paixão, carinho, admiração, respeito, ternura, tesão. Com tantos sentimentos arrumados cuidadosamente na prateleira de cima, tinha de ser justo amor, meu Deus?"
Caio Fernando de Abreu“Num deserto de almas também desertas, uma alma especial reconhece de imediato a outra.”
:*
"Então me vens e me chega e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para libertar novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me queres assim porque assim que és..."
Além do Ponto
Chovia, chovia, chovia e eu ia indo por dentro da chuva ao encontro dele, sem guarda-chuva nem nada, eu sempre perdia todos pelos bares, só levava uma garrafa de conhaque barato apertada contra o peito, parece falso dito desse jeito, mas bem assim eu ia pelo meio da chhuva, uma garrafa de conhaque na mão e um maço de cigarros molhados no bolso. Teve uma hora que eu podia ter tomado um táxi, mas não era muito longe, e se eu tomasse um táxi não poderia comprar cigarros nem conhaque, e eu pensei com força então que seria melhor chegar molhado da chuva, porque aí beberíamos o conhaque, fazia frio, nem tanto frio, mais umidade entrando pelo pano das roupas, pela sola fina esburacada dos sapatos, e fumaríamos beberíamos sem medidas, haveria música, sempre aquelas vozes roucas, aquele sax gemido e o olho dele posto em cima de mim, ducha morna distendendo meus músculos. Mas chovia ainda, meus olhos ardiam de frio, o nariz começava a escorrer, eu limpava com as costas das mãos e o líquido do nariz endurecia logo sobre os pêlos, eu enfiava as mãos avermelhadas no fundo dos bolsos e ia indo, eu ia indo e pulando as poças d'água com as pernas geladas. Tão geladas as pernas e os braços e a cara que pensei em abrir a garrafa para beber um gole, mas não queria chegar na casa dele meio bêbado, hálito fedendo, não queria que ele pensasse que eu andava bebendo, e eu andava, todo dia um bom pretexto, e fui pensando também que ele ia pensar que eu andava sem dinheiro, chegando a pé naquela chuva toda, e eu andava, estômago dolorido de fome, e eu não queria que ele pensasse que eu andava insone, e eu andava, roxas olheiras, teria que ter cuidado com o lábio inferior ao sorrir, se sorrisse, e quase certamente sim, quando o encontrasse, para que não visse o dente quebrado e pensasse que eu andava relaxando, sem ir ao dentista, e eu andava, e tudo que eu andava fazendo e sendo eu não queria que ele visse nem soubesse, mas depois de pensar isso me deu um desgosto porque fui percebendo percebendo, por dentro da chuva, que talvez eu não quisesse que ele soubesse que eu era eu, e eu era. Começou a acontecer uma coisa confusa na minha cabeça, essa história de não querer que ele soubesse que eu era eu, encharcado naquela chuva toda que caía, caía, caía e tive vontade de voltar para algum lugar seco e quente, se houvesse, e não lembrava de nenhum, ou parar para sempre ali mesmo naquela esquina cinzenta que eu tentava atravessar sem conseguir, os carros me jogando água e lama ao passar, mas eu não podia, ou podia mas não devia, ou podia mas não queria ou não sabia mais como se parava ou voltava atrás, eu tinha que continuar indo ao encontro dele, ou podia mas não queria ou não sabia mais como se parava ou voltava atrás, eu tinha que continuar indo ao encontro dele, que me abriria a porta, o sax gemido ao fundo e quem sabe uma lareira, pinhões, vinho quente com cravo e canela, essas coisas do inverno, e mais ainda, eu precisava deter a vontade de voltar atrás ou ficar parado, pois tem um ponto, eu descobria, em que você perde o comando das próprias pernas, não é bem assim, descoberta tortuosa que o frio e a chuva não me deixavam mastigar direito, eu apenas começava a saber que tem um ponto, e eu dividido querendo ver o depois do ponto e também aquele agradável dele me esperando quente e pronto.
Um carro passou mais perto e me molhou inteiro, sairia um rio das minhas roupas se conseguisse torcê-las, então decidi na minha cabeça que depois de abrir a porta ele diria qualquer coisa tipo mas como você está molhado, sem nenhum espanto, porque ele me esperava, ele me chamava, eu só ia indo porque ele me chamava, eu me atrevia, eu ia além daquele ponto de estar parado, agora pelo caminho de árvores sem folhas e a rua interrompida que eu revia daquele jeito estranho de já ter estado lá sem nunca ter, hesitava mas ia indo, no meio da cidade como um invisível fio saindo da cabeça dele até a minha, quem me via assim molhado não via nosso segredo, via apenas um sujeito molhado sem capa nem guarda-chuva, só uma garrafa de conhaque barato apertada contra o peito. Era a mim que ele chamava, pelo meio da cidade, puxando o fio desde a minha cabeça até a dele, por dentro da chuva, era para mim que ele abriria sua porta, chegando muito perto agora, tão perto que uma quentura me subia para o rosto, como se tivesse bebido o conhaque todo, trocaria minha roupa molhada por outra mais seca e tomaria lentamente minhas mãos entre as suas, acariciando-as devagar para aquecê-las, espantando o roxo da pele fria, começava a escurecer, era cedo ainda, mas ia escurecendo cedo, mais cedo que de costume, e nem era inverno, ele arrumaria uma cama larga com muitos cobertores, e foi então que escorreguei e caí e tudo tão de repente, para proteger a garrafa apertei-a mais contra o peito e ela bateu numa pedra, e além da água da chuva e da lama dos carros a minha roupa agora também estava encharcada de conhaque, como um bêbado, fedendo, não beberíamos então, tentei sorrir, com cuidado, o lábio inferior quase imóvel, escondendo o caco do dente, e pensei na lama que ele limparia terno, porque era a mim que ele chamava, porque era a mim que ele escolhia, porque era para mim e só para mim que ele abriria a sua porta.
Chovia sempre e eu custei para conseguir me levantar daquela poça de lama, chegava num ponto, eu voltava ao ponto, em que era necessário um esforço muito grande, era preciso um esforço muito grande, era preciso um esforço tão terrível que precisei sorri mais sozinho e inventar mais um pouco, aquecendo meu segredo, e dei alguns passos, mas como se faz? me perguntei, como se faz isso de colocar um pé após o outro, equilibrando a cabeça sobre os ombros, mantendo ereta a coluna vertebral, desaprendia, não era quase nada, eu mantido apenas por aquele fio invisível ligado à minha cabeça, agora tão próximo que se quisesse eu poderia imaginar alguma coisa como um zumbido eletrônico saindo da cabeça dele até chegar na minha, mas como se faz? eu reaprendia e inventava sempre, sempre em direção a ele, para chegar inteiro, os pedaços de mim todos misturados que ele disporia sem pressa, como quem brinca com um quebra-cabeça para formar que castelo, que bosque, que verme ou deus, eu não sabia, mas ia indo pela chuva porque esse era meu único sentido, meu único destino: bater naquela porta escura onde eu batia agora. E bati, e bati outra vez, e tornei a bater, e continuei batendo sem me importar que as pessoas na rua parassem para olhar, eu quis chamá-lo, mas tinha esquecido seu nome, se é que alguma vez o soube, se é que ele o teve um dia, talvez eu tivesse febre, tudo ficara muito confuso, idéias misturadas, tremores, água de chuva e lama e conhaque batendo e continuava chovendo sem parar, mas eu não ia mais indo por dentro da chuva, pelo meio da cidade, eu só estava parado naquela porta fazia muito tempo, depois do ponto, tão escuro agora que eu não conseguiria nunca mais encontrar o caminho de volta, nem tentar outra coisa, outra ação, outro gesto além de continuar batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, na mesma porta que não abre nunca. Caio Fernando de Abreu
...♥...
" Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como 'estou contente outra vez'
Caio fernando de abreusegunda-feira, 22 de agosto de 2011
.....
Eu carrego comigo uma caixa mágica onde eu guardo meus tesouros mais bonitos. Tudo aquilo que eu aprendi com a vida, tudo o que eu ganhei com o tempo e que vento nenhum leva. Guardo as memórias que me trazem riso, as pessoas que tocaram minha alma e que, de alguma forma, me mudaram pra melhor. Guardo também a infância toda tingida de giz. Tinha jeito de arco-íris a minha.
O pouco é muito pra mim. O simples é tudo que cabe nos meus dias.
Eu vivo de muitas saudades. E quem se arrebenta de tanto existir, vive pra esbanjar sorrisos e flashes de eternidade.
enquanto amanhã não vem - carta
Fui pensar numa carta pra te deixar quando sentir saudade e quiser saber desse momento que você não faz parte. É uma carta pra você, mas pode ser lida por mim como lembrança do que eu fui.
Vanessa Leonardi
"Desapaixonar-se dos medos. Dos nãos que secam a alegria de viver. Alimentar-se de memórias deliciosas e conversas entre você e suas saudades. Dessas que ninguém pode tirá-las de ti. Apaixonar-se por um sorriso. Por alguém. Por uma ideia louca que você pode ser na vida de alguém. Apaixonar-se por você. Descobrimos com o tempo que as palavras mais comuns são as mais deliciosas de serem ouvidas. Às vezes dificílimas de serem ditas. Descobrimos com o tempo que afinal pouco é muito."
Vanessa Leonardi
sábado, 20 de agosto de 2011
Olhando a lua...
Olhando a lua tento ver o seu rosto;
Tento ver em cada estrela o brilho do teu olhar...
Inspirar-me na tua lembrança, afastar a minha tristeza com sua imagem, viva em minha mente, e finalmente escrever-te uma poesia;
Refletir à sua pessoa, olhando a lua penso tantas coisas, imagino o impossível;
Vejo naquele flash de luz uma ponta de esperança... Por todos os lugares ela me acompanha... Seja nova, cheia, crescente ou minguante...
A lua está sempre lá... À espera daqueles que façam dela o cenário dos enamorados;
Vive à espera daqueles que tiram tempo para contemplá-la como uma pérola, à espera daqueles que direcionam seu olhar a ela fazendo-lhe um apelo.
Hoje olhando a lua lembre-me de você que um dia fez dela testemunha de seu amor por mim...
E é esta mesma lua que assiste o meu sofrimento e partilha a dor da minha solidão.
(Valéria Lopes)
Seus olhos...
Seus olhos...
Às vezes escondem segredos que eu desconheço,
E me fazem recordar cada traço de seu rosto;
Seus olhos...
Dizem tanta coisa, vêem tantas coisas, que eu gostaria de estar entre eles, fazer nascer o seu sorriso;
Seus olhos...
Possuem o encanto que me fascina, e em cada brilho de luar, eu procuro encontrar a luz dos seus olhos e me afugentar neles como prisioneira;
Seus olhos...
Revelam em seu rosto a expressão de um anjo;
Seus olhos...
Às vezes marcados pelas lágrimas, destacam o brilho das estrelas;
Compõe uma música de amor;
Seus olhos...
Nada falam, mas eles dizem, tudo no momento em que se fecham e você toca suavemente em meus lábios.
(Valéria Lopes)
A gente se arrisca porque gosta de chorar de vez em quando. E se arrisca mais forte ainda porque gosta de sorrir também, digo eu, que não gosto (nem um pouco) do verbo prender. Prender o riso. Prender o choro. Prender o grito. Prender o verbo. Faz a gente deixar de ser, a gente.
Vanessa LeonardiSai pela porta, mas deixa sempre uma janela aberta. Apressa o passo. Pula umas pedras pelo caminho e vai. Um sorriso aberto feito sol de verão que inaugura o dia. Lembra da menina que era ainda em outras primaveras. Quem inaugurava agora, era ela. Estampa o rosto de mudança. Percebe o tamanho das pernas. Prontas para pular. Agora abismos. Essa era sua especialidade. Pulos. Sempre em frente. Depois de muito tempo, ela agora sabia bem onde queria chegar.
Vanessa Leonardi